sábado, 30 de junho de 2012

Prova oral - 26CPR (3)

Colegas,

Na postagem de hoje tratarei sobre os cursos preparatórios.

Destaco, de saída, que fazer, ou deixar de fazer, um curso preparatório não irá decidir a sua sorte. Em outras palavras, os cursos servem para aprimoramento, mas o que te fará passar é o seu esforço diário nos estudos. Assim, sempre existiram, e sempre existirão, candidatos aprovados que fizeram cursos e candidatos aprovados que não fizeram curso algum. 

Os cursos preparatórios para a prova oral do MPF, que eu tenho conhecimento, são três: Alcance, Emagis e o curso do Vitorelli. A bem da verdade, enquanto os dois primeiros são simulações de prova oral, o último é um curso sobre a prova oral. 

Explico: Os cursos do Alcance e do Emagis promovem uma simulação da prova oral, da forma mais próxima possível da prova real, através de perguntas e respostas. Por outro lado, o curso de Edilson Vitorelli tem um enfoque maior em esclarecer como é a prova oral, como se comportar, como responder, como se dirigir ao examinador etc..., e não propriamente no conteúdo das provas. 

No meu caso, fiz o simulado do Emagis e o curso do Vitorelli.

Acredito que os simulados Alcance e Emagis equivalem-se e têm a mesma proposta, de modo que, a meu ver, não há grande utilidade em participar os dois. Optei pelo Emagis por dois aspectos. O primeiro era que todas as matérias seriam examinadas, enquanto que, no Alcance, apenas algumas matérias seriam arguidas. 

O segundo motivo, o mais importante para mim, foi a data. O simulado do Alcance, salvo engano, era cerca de 1 mês antes da prova oral. Por sua vez, o simulado do Emagis foi 15 dias antes da prova oral. Assim, vislumbrei que, faltando um mês para a prova oral, eu ainda não tinha estudado todo o programa, de modo que seria possível que sorteasse um ponto ainda não estudado, sobre o qual eu poderia não saber responder as perguntas e isso poderia até me atingir psicologicamente. Com duas semanas a mais de estudo em tempo integral, e, de acordo com minha programação de estudos, chegaria ao simulado do Emagis com 90% do programa completado, em um nível de preparação mais próximo daquele que teria no dia da prova, permitindo-me, assim, uma análise mais verossímil do meu desempenho no simulado. 

Noutro giro, escolhi participar do curso do Vitorelli por ter uma metodologia totalmente diferente dos simulados. Nele, foca-se a prova oral em si mesma, e não o conteúdo dela. Ele fala sobre diversos temas, dentre eles, como se realiza a prova oral, como se portar, como responder as perguntas, fala um pouco sobre os examinadores e, por fim, simula, em torno de 10 a 15 minutos, uma prova oral com você, analisando, em seguida, seu desempenho e sua postura. Entendi, por tal razão, que seriam cursos complementares, um mais focado na forma; outro, no conteúdo. 

Friso, mais uma vez, e por fim, que participar desse ou daquele curso preparatório  não é a chave do seu sucesso. Tenho certeza que diversos candidatos que estão na oral fizeram cursos preparatórios. E estou certo que diversos outros que também estão na oral não fizeram cursos preparatórios. O essencial é a sua preparação em casa, estudando e revendo todos os pontos do programa. 

8 comentários:

  1. Oi, Dr. Bruno! Tudo bem?

    Comecei a pouco tempo estudar para o MPF e estou apresentando as seguintes dificuldades: a)a maioria dos livros não sinaliza qual é a posição majoritária e qual é a minoritária quando há controvérsia; b) a maioria das obras ñ sinaliza o que prevalece no STJ e no STF; c) nos informativos, ler só decisões do pleno? Ler as decisões de todas as matérias?; d) como concliar o estudo dos livros com o estudo dos informativos?; e) com que critérios estudar os informativos?; d) como estudar os livros? Com que critérios?

    Abraço,

    Renata

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  2. Visito seu blog sempre, Bruno. Conteúdo muito bom!

    Tenho um site, no qual posto o resumo dos informativos do STF e STJ: decisões do primeiro desde o início de 2012 e do segundo desde o início de 2011.

    O endereço é este: www.oprocesso.com

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  3. Parabéns, Caio, pelo excelente site. Dei uma olhada e vejo que você consegue sintetizar, sem perda da qualidade, os informativos do STF e STJ.

    Desejo que, em breve, você consiga ser nomeado na DPU. Tenho um amigo que está na sua mesma situação, Hendrikus Garcia.

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  4. Obrigado, Bruno!

    Conheci o Hendrikus em Brasília, na solenidade do CN em comemoração ao Dia da Defensoria Pública.

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  5. Caro Bruno Barros, parabéns pela aprovação no MPF! Se possível, gostaria que você nos contasse aquilo que leu, especificamente para este concurso: as obras, os compilados de jurisprudência, as anotações deste ou daquele curso. Particularmente, por questão de personalidade e perfil financeiro, prefiro evitar os cursinhos. Por outro lado, porém, nunca sei se o material que escolho para estudar sozinho é o mais indicado para o meu concurso, no caso o do MPF. Abraço.

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    1. Rodrigo, há, no blog, uma postagem sobre bibliografia para AGU, TRF e MPF. Dá uma olhada lá. Caso persista alguma dúvida, poderemos te ajudar. abs

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    2. Muito boa a postagem sobre bibliografia, obrigado! Mais uma coisa: você poderia disponibilizar o áudio do seu exame oral do MPF, pra termos ideia de como acontece?

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    3. Infelizmente, eu acho que não tenho mais os meus. E só recebi alguns, porque outros tiveram problemas.

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