sexta-feira, 24 de julho de 2015

DICAS INICIAIS PARA A PROVA ORAL DO 28º CPR

Prezados,

Depois de uma ausência prolongada, destaco, como já devem saber, que foi divulgado o resultado provisório da fase subjetiva do 28º concurso para o MPF. Depois de uma correção bastante rigorosa, foram aprovados 54 candidatos.

Desses 54 candidatos, 24 foram nossos alunos no CEI-MPF. Ficamos contentes em ter ajudado, de uma forma ou de outra, quase 50% dos candidatos aprovados.

Já estamos preparando o curso presencial para a prova oral, a se realizar no período de 11 a 13 de setembro, em Brasília. Focaremos na simulação, com a máxima realidade possível, da prova oral do MPF, a fim de permitir que o aluno tenha a exata noção do que irá enfrentar. 

Não é demais salientar que todos os examinadores são membros da carreira e aprovados nos últimos concursos (25º a 27º), de maneira que passaram recentemente pela mesma experiência da prova oral que vocês irão passar, inclusive, boa parte dos examinadores do concurso continua examinando o 28ºCPR. Ou seja, nós fomos questionados pelas mesmas pessoas que irão questioná-los. Sabemos o que perguntaram (perguntas mais práticas ou teóricas) e como se comportaram. 

Maiores informações sobre o curso podem ser encontradas AQUI

Dito isto, já trago para os candidatos aprovados três dicas que considero básicas para a preparação para a prova oral do MPF (todas estas e outras mais serão apresentadas durante o curso), a saber:

1 - Como é sabido, o programa é dividido em pontos e cada ponto contém três letras com temas totalmente diferentes. Na verdade, a divisão já é feita pensando na prova oral, pois, como será sorteado o ponto, há possibilidade de o examinador cobrar temas bem diferentes e sem relação entre si. Por exemplo, em processo penal, no mesmo ponto, você tem princípios do processo penal, prova testemunhal e apelação. 

Assim, não adianta estudar cada ponto e, só então, passar para o ponto seguinte. Isto porque, se você não conseguir terminar todos os pontos, os pontos faltantes podem ser justamente aqueles sorteados pelo examinador. 

Por isso, eu estudei - e aconselho que vocês estudem - por cada letra. Ou seja, estudava a letra "a" do ponto 1, depois a letra "a" do ponto 2 e por aí vai. Quando terminava a letra "a" passava para a letra "b" e depois para a letra "c". 

Nessa sistemática, qualquer que fosse o ponto sorteado, eu teria revisado, pelo menos, algumas de suas letras. É importante frisar que o examinador pode determinar que o candidato escolha uma das letras do ponto sorteado para discorrer. Nestes casos, você terá a sorte de escolher justamente a letra que você revisou. 


2 - O estudo da prova oral deve ser feito de forma horizontal. Isto é, deve-se buscar saber alguma coisa de cada letra de cada ponto, e não tudo de poucas letras ou poucos pontos. Como frisei, o examinador pode simplesmente pedir para você discorrer sobre uma letra do ponto sorteado, sendo bastante importante, portanto, que você saiba falar alguma coisa (poucos minutos, que seja) sobre cada uma das letras. É essencial, em síntese, que você não vá "cego" em uma letra para não correr o risco de ser perguntado justamente sobre ela e não saber falar nada, absolutamente nada, a seu respeito. 

Então, ainda que a letra seja difícil e não haja tanta informação sobre ela, é essencial que vocês saibam alguma coisa, pode ser conceito, a natureza jurídica, pode ser uma decisão do STF ou do STJ sobre aquele tema, um exemplo dado pela doutrina, enfim. 

3 - É muito importante a simulação da prova oral. Costumo dizer que a prova oral é a mais fácil e a mais difícil de fazer. É a mais fácil em conteúdo. Não tenho dúvidas de que as questões da prova objetiva e da prova subjetiva foram bem mais profundas do que serão as questões da prova oral. Mas é a mais difícil, primeiro, porque você já tá vendo a luz no fim do túnel e pode dar uma "relaxada" ou ir de "salto alto" para a prova, e, segundo, porque nem todos são acostumados a falar a resposta, e não escrevê-la. 

Às vezes, as perguntas são bem simples, mas nós escorregamos na resposta. Você pode identificar facilmente, por exemplo, qual o item errado da questão sobre a petição inicial, mas pode se embaralhar todo para discorrer cinco minutos sobre tema petição inicial. 

Portanto, treinem perguntas e respostas. Formem grupos com o pessoal da mesma cidade, ou, se não tiver, simulem pela internet (skype, por exemplo). Quanto mais, melhor. 

Na minha época, trabalhávamos e estudávamos durante a semana e simulávamos todos os sábados e estes treinos foram importantes para dar confiança e preparação para a prova oral.